O valor da governança

Ao ler o artigo do Gabeira ontem me transportei no tempo, mais precisamente entre 2014 e 2017, e pude ver com o distanciamento que uma boa e isenta análise retrospectiva permite, o quanto as ações de transformação cultural que, de alguma forma e modestamente, ajudei a implementar no Flamengo, estão produzindo não só em termos de resultados esportivos mas também em uma percepção muito positiva na sociedade. Algo como, sim é possível levar as melhores práticas de governança até mesmo em ambientes áridos e difíceis como o futebol.

Os astros se alinharam e um grande número de pessoas orientadas por valores comuns, sofisticadas tecnicamente e com grande senso de missão moldaram e deram toda sustentação a uma diretoria disciplinada e obstinada em dar um bom exemplo.

Neste período fui consultor do clube e tive a honra de trabalhar com pessoas inspiradoras como o ex CEO Frederico Derzie Luz e ex CFO Paulo Roberto Dutra entre outros e com os quais pude aprender tanto sobre a força que uma visão e um propósito desafiadores têm sobre a cultura de qualquer organização.

Um dos grandes desafios culturais nesse período foi transformar o conceito de excelência em performance em um hábito angular e que atravessasse todas as estruturas do clube. Foi desse grande conceito que surgiu o CEP –  Centro de Excelência em Performance. Nesse contexto e com uma excepcional gestão esportiva da atual diretoria, o Flamengo, como enfatiza Gabeira em seu artigo, está completamente a caminho de realizar o seu imenso potencial e ser uma grande referência para as instituições brasileiras.

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